quinta-feira, 13 de junho de 2013

Classe Mediazinha Dormente da Matrix

Precisamos de muitos Morfeus!
Enquanto na capital da Estônia o transporte público é gratuito, os riquinhos no Brasil querem manter os pobres em situação limite. E não podem reclamar não! Aceite sua condição de escravo e não reclame!
Depois não entendem o porquê de tanta violência e reclamam que têm de viver praticamente enjaulados. Será que a novela ou o futebol deixou as pessoas cegas? Violência é fruto de extrema desigualdade social! Isso já não é Ponto Pacífico?
Até na Índia é difícil ver cena tão degradante.
Na Dinamarca vou querer entrevistar lixeiros, limpador de banheiro e todo tipo de trabalhador que no Brasil ganha bem mal. Depois vou entrevistar engenheiros, advogados, médicos, para mostrar que lá TODOS querem que TODOS tenham salário e vida digna. Lá a disparidade salarial é a menor do mundo.  Receita infalível para uma sociedade feliz e com pouquíssimos episódios de violência.

Só que a mídia brasileira conduz as ovelhas direitinho. Ao invés de todos nós exigirmos vida digna para todos, a classe média quer mais é que pobre se exploda, como diria o personagem Justo Veríssimo do Chico Anísio.

Quando vejo gente chamando manifestantes de vagabundos fica claro como está longe o Brasil virar um país realmente humano. O modelo de sociedade que querem é esse mesmo de desigualdade extrema e violência generalizada.

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR É: Porque será que a mídia e os políticos brasileiros não querem adotar o modelo dinamarquês?

Da classe mediazinha mesquinha, pouco podemos esperar. Eles estão tão ensimesmadinhos, com suas continhas, seus carrinhos, seus restaurantezinhos, prazerzinhos e seus próprios umbiguinhos, que não conseguem defender o interesse do outro. Só seus próprios interessezinhos. Aí fica essa desigualdade brutal e essa violência generalizada. Oh amebas de matrix!

Precisamos de muitos Morfeus. Urgente!

4 comentários:

  1. hehehhe... isso me deixa "revoltadinha"...

    e sempre lembro do texto do Eduardo Marinho: "luzes quebram correntes"

    sejamos luzes, mais luzes, então.

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    1. Com certeza Ju! Precisamos de exemplos! Obrigado pela visita!

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  2. Oh, meu Deus, agora arrepiei... Não quero ser amebazinha da matrix, de jeito nenhum! Sobre os acontecimentos recentes aqui em São Paulo, tenho procurado ver "mais além", analisar sem passionalidade. A violência excessiva da polícia, repetindo um comportamento brutal da época da ditadura, e talvez até pior, porque descabido no contexto de agora e desproporcional, era algo que não entendia. Encontrei aqui uma análise igualmente "mais além", capaz de examinar com distanciamento ambos os lados. Uma grata surpresa para mim, que não conhecia seu blog. Seu projeto tem todo o meu apoio e pode contar comigo para divulgação e colaboração. Abraço.

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