quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Uruguai não quis virar um Brasil!

versão desse artigo em áudio aqui: (http://www.youtube.com/watch?v=biWIZX5CaB8)

O Uruguai tem um dos melhores índices de educação da América Latina. Foi um dos primeiros países do continente a oferecer educação universal e gratuita, da pré-escola à universidade. Ou seja, o Uruguai tem uma grande massa crítica.

É preciso lembrar que as drogas são utilizadas desde tempos imemoriais e fazem parte da sociedade humana. Povos de todo o mundo fazem uso diariamente de drogas dos mais diferentes tipos, sejam elas legais ou ilegais. 

Vivemos hoje em dia uma epidemia global de alienação. A política do pão e circo mantém a grande massa alheia aos problemas que as assola, mantém estruturas que condenam milhões à fome e a pobreza. É Ponto Pacífico que a criminalidade e a violência aumentam a olhos vistos na América latina. O crime organizado tem cada vez mais poder, aterroriza a população e intimida governos. O povo uruguaio, educado, tradicionalmente pacífico e com baixos índices de criminalidade, percebeu que deixar o crime organizado avançar seria um erro gravíssimo. A regulamentação da cannabis tira a substância tira do crime organizado e, portanto, afasta a violência e o risco de escalada de poder do crime organizado.

Pessoalmente entendo que uma vida feliz é mais facilmente atingida com o corpo purificado e saudável, entretanto, é notório que a criminalidade mata muito mais do que a substância.  O inimigo mais mortífero não é a droga e sim o crime organizado!

Parabéns ao povo uruguaio que foi consciente, participativo e que elegeu representantes com coragem para enfrentar a grande mídia, as grandes corporações e os países imperialistas. Parabéns por terem afastado o risco do avanço do crime organizado. Que continuem sendo um país sem criminalidade e sem máfias!

Enquanto isso no Brasil todos os dias centenas perdem suas vidas com a criminalidade insuportável e milhões vivem verdadeiro terror psicológico ao saírem de casa... Mas a grande mídia mantém o povo em transe e inerte. 

O Uruguai não quis se transformar num Brasil. Parabéns!




segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

VIOLÊNCIA NO ESTÁDIO EM SANTA CATARINA


versão em áudio desse artigo aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=iUNIvUbhEBs)

Desde a década de 80 que o Brasil entrou na onda das privatizações. Mesmo pagando altos impostos, com o sucateamento dos hospitais e das escolas públicas, muitos se viram obrigados a porem seus filhos em escolas particulares e a pagarem planos de saúde. Os que não podem pagar, ficam ao Deus dará. Já na Europa a Educação e a Saúde continuam gratuitas.

É óbvio que há uma estreita ligação entre a falta de educação e o aumento da violência. Ao invés de escolas boas, a população tem estádios. A mente da massa fica então num mundo paralelo onde o importante é matar e morrer pela bandeira de um time.

No Brasil é melhor ser contra Deus do que ser contra o futebol, isso é sagrado. Nossos ídolos são times, são jogadores ou são pseudo-artistas, ao invés de sábios, de empreendedores, de professores... Muitos me criticaram quando eu fiz a paródia “Vou Pagar um Estádio”, mas como posso ficar calado e concordar com uma coisa que aliena tanto as pessoas? Como posso ficar calado diante da política do pão e circo?

O humor pode ser uma arma pacífica e inteligente para fazer denúncias, mas não basta rir. A gente tem que ter educação antes de ter estádios, senão continuaremos vendo cenas como as que vimos em Santa Catarina, onde as pessoas se portaram pior do que animais. Se matando a troco de nada.

Tem muita gente por aí tentando homenagear Nelson Mandela, mas a maior homenagem seria imaginar que luta ele se engajaria hoje e agir! A alienação é uma epidemia global. Está na hora da gente parar de dar nosso apoio às coisas que mantém o povo manipulável e violento.

É Ponto Pacífico que o futebol, faz tempo, deixou de ser apenas uma atividade saudável para ser um negócio de bilhões. Um grande circo para nos deixar em transe para defendermos e lutarmos por aqueles que nos escravizam.